Acredito que nenhuma cultura tenha sido mais prejudicada pelo preconceito que a judaica. Séculos e séculos perambulando pelo mundo, enfrentando inóspitos países, e conquistando outros com suas inestimáveis qualidades comerciais, e sempre tem alguém para lhes acusar do que muitas vezes não entendem.

Will Eisner era judeu, e retratou muitas vezes o seu "lado da moeda" de forma belíssima, e nunca sem explicar as próprias ações ou mesmo de quem condenava sua origem. Nos últimos dias me deparei com esta obra, um dos últimos e mais importante documento histórico sobre a trajetória judaica escrita e vivida por ele.

O complô trata d'Os Protocolos dos Sábios de Sião, uma tentativa de denegrir a já dilacerada diginidade deste povo. Uma tentativa que foi e é um tremendo sucesso entre os racistas e falsos-moralistas espalhados por todo o globo. A introdução é extensamente comentada por Umberto Eco, que com certeza explica bem melhor que eu o valor desta obra. Só posso dizer que é uma das poucas obras que abordam a essência do preconceito em massa, de forma simples, que torna possível que qualquer leitor entenda este fator.

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