Se ainda não viu, baixe. Se já viu mas quer mostrar para a irmã adolescente alienada em "malhação", mesmo sabendo que ela não entenderá nada, baixe.

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À propósito, algo que me chama a atenção sobre este tipo de material é a "capa" politicamente correta, moralista e libertária que os ávidos por mudanças lhe concede. O documentário foi produzido pela BBC, outra grande multinacional, em uma época em que a Globo conseguia adentrar a Europa, então, é descartada qualquer boa intenção dos criadores do documentário, e, pelo contrário, a falta de escrúpulos em atacar diretamente uma rival só prova que a mídia, em sua maioria, não faz jus ao respeito e a tão falada "liberdade de imprensa", que ao meu ver, não passa de liberdade para manipular.

Sobre o Documentário: Mostra todas as mazelas da criação da corporação de Roberto Marinho, em "parceria" com o regime militar, tendo entrevistas de ex-funcionários da empresa, assim como conceituadas figuras culturais do país. Foi indiretamente proibido pela Rede Globo, mas Simon Hartog autorizou a veiculação irrestrita do documentário no Brasil, o que levou o programador do Museu da Imagem e do Som (MIS) Geraldo Anhaia Mello, que entrou em direto atrito com esta proibição, à veiculá-lo gratuitamente, o que chamou a atenção de muitos e muitos espectadores, lotando sessões. Diga-se de passagem que a censura ampliou o impacto do documentário. A Rede Globo ainda estava no "Regime", achando que apenas proibir era necessário.

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