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Boca do Inferno
22.5.07
Se Pica-Flor me chamais,
Pica-Flor aceito ser,
Mas resta agora saber,
Se no nome que me dais,
Meteis a flor, que guardais
No passarinho melhor!
Se me dais este favor,
Sendo só de mim o Pica,
E o mais vosso, claro fica,
Que fico então Pica-Flor.


Gregório de Matos, baiano, foi o maior escritor do Barroco no Brasil, porém, ao entender que o estilo excluia cruelmente a sua cultura, se pôs à trabalhar em poesias satíricas que usavam uma linguagem simples e muitas vezes chula, para que o caboclo pudesse ler. Criticou severamente a colonização, a igreja e até mesmo os negros e índios, e por muitos foi amado e odiado até ganhar por poesias como a descrita acima, o apelido de "Boca do Inferno".

A poesia acima foi feita para uma freira, que ao tentar apelidar o autor, notou que o mesmo tinha uma face notoriamente pontiaguda, e lhe deu o nome de Pica-Flor (Beija-Flor nos dias atuais). Gregório ficou sabendo e se aproveitando da ambiguidade do termo "pica" (que é atual até hoje), respondeu maldosamente nestes versos que escandalizaram e correram todo o convento.

[ Biografia e Obras ]



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Por Miranda às 10:14 AM  
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