Breve observação sobre o objetivo do texto:
Superficialmente, os mitos surgiram da forma primitiva de tentar explicar o sobrenatural. Mas a palavra "sobrenatural" não se resume apenas às idéias espirituais, mas à tudo que escapa à compreensão humana, ao "normal". Obviamente, hoje, a nossa idéia do que é normal é muito mais abrangente que a dos primeiros humanos que se deram ao trabalho de refletir sobre seu meio. Então, logicamente, devemos imaginar como estes antepassados tratavam os segredos do planeta, com suas observações especulativas, baseadas em ingênuos pensamentos .
De forma muito vagarosa esta vontade de explicar tomou proporções históricas, dando origem à belíssimas lendas, mitos, à várias formas artísticas de documentação. São estórias, culturas, que com certeza tiveram sua parcela na lapidação do ser humano atual, e que incentivam, instigam o pensamento culto a criar mais e mais. Porém, sabes que em um certo momento, estes mitos, esta precária maneira de explicar o mundo, tomaram objetivos tipicamente humanos: os de domínio. Não preciso detalhar para que saiba do que falo. A igreja, por sí só, e uma boa aula de história, já explicam o necessário.
A ciência, ao meu ver, nunca quis "matar" Deus, pois ela não tem certeza de que ele existe, então ela não poderia matá-lo. Por outro lado, se ele existe, a ciência nada mais é que o estudo sobre sua obra no contexto físico, plenamente. Então posso concluir que a ciência não tem qualquer desavença com qualquer ser espiritual, e sim com o fanatismo humano, que não aceita que ponham abaixo o seu esteio espiritual. E desde a contra-reforma, pós-renascentista, quando a igreja tentou chamar o homem antropocênctrico de volta para ela, o retirando do convívio mundano, há este conflito entre o sobrenatural, com o sentido que uso hoje, e a ciência. Mas a ciência não foi capaz de eliminar os mitos, de uma vez por todas, da mente humana. Assim como os mitos não acabaram com a ciência. Hoje, os mitos tem um papel folclórico, que permeia as mentes das crianças para que não perguntem antes da hora certa. E você, acha isto correto? Acha que decepcionar uma criança com a mentira do Papai Noel, ou do Coelhinho da Páscoa, é saudável para a formação de um adulto responsável, centrado e honrado? Eu não acho. Acredito que desde cedo devemos semear sonhos concretos para as crianças, fantasias que possam se tornar realidade, que as aproxime do que é amor ao próximo, e não torná-la mais um produto do severo sistema.
Voltaire, em um trecho de seu Dicionário Filosófico, expõe estas noções através de uma conversa entre um faquir, gente conhecida por enganar o povo, e um discípulo de Confúcio. A conversa é muito agradável. Leia, e deixe sua opinião. Fraude [ do Dicionário Cilosófico - Voltaire ]
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Velho, é verdade que toda criança precisa de fantasias q motivem a sua criatividade. mas eu não concordo em fazer isso com fantasias do capitalismo como o papai noel adotado pela coca-cola, ou com produtos q abertamente se dizem parte do crescimento da criança. acho, q como nop textoi, eu nao vou mentir para meus filhos, mas vou incentivar a leitura de estorinhas, incentivar a criatividade e fantasia, mas sempre deixando claro que aquilo É uma fantasia, algo ñ digno de veracidade. valeu, cara, to na espera...