O livro "Código Da Vinci" causou polêmica ao discutir uma ficcional linhagem hereditária de Cristo. Vendeu milhões, virou best-seller. Antes de Dan Brown lançar o livro, o assunto era abordado nos quadrinhos por outro escritor, Garth Ennis. Mas com uma diferença: é intencionalmente profano. Essas histórias são relançadas no Brasil no encadernado "Preacher: Orgulho Americano" (Devir, R$ 46). A saga foi publicada nos Estados Unidos entre novembro de 1996 e abril de 1997 na revista Preacher (a edição nacional reproduz a versão encadernada, de 1997). Ennis procurou impor um tom provocativo, declaradamente anticristão. Nada escapa. Desde a forma como os personagens se referem às figuras sacras (com palavrões e provocações verbais) até a caracterização dos integrantes do Graal, entidade secular que mantém a linhagem de Cristo. O Graal é o alvo do pastor renegado Jesse Custer (o protagonista da série) neste terceiro volume da série. A organização seqüestrou e mantém sob tortura (quem ler a história vai entender que "tortura", na verdade é um grande eufemismo) um amigo dele, o vampiro Cassidy. Custer, sozinho encara a entidade para libertar o companheiro. Claro que, no percurso, os personagens secundários roubam a cena, uma característica da série. Estão lá figuras conhecidas, como Herr Starr (hilário ao descobrir outras preferências sexuais) e os próprios integrantes do Graal. Se superada a afronta ao cristianismo, um tema comum a outras obras de Ennis, a história se revela um dos melhores arcos de Preacher. Parece que o escritor imaginou as primeiras histórias apenas para chegar a esse arco da série. O encadernado traz ainda outras histórias soltas, que antecedem e sucedem o arco principal. No Brasil, essas aventuras já tinham sido publicadas na revista "Preacher" entre os números 14 (maio de 1999) e 18 (outubro de 1999). Por Paulo Ramos [blog dos quadrinhos] Marcadores: Arte - Imagens, Notícias - Utilidades |
Jesse Custer... JC
Curioso... Não conheço a Graphic Novel, mas acho que colocaram essas iniciais de sacanagem.
Da mesma forma que no filme Coração Satânico, o Mickey Rourke, ao comparecer na sala do Robert De Niro, lê o nome do personagem na porta: Louis Cyphre.
Só que aqui a sonoridade é descarada...